Meu testemunho
Fui diagnosticada no ventre da minha mãe como: Infecção urinária.
Mas minha mãe por ter desmaios seguidos decidiu não tomar os antibióticos fortes prescritos pelo médico. E ao buscar uma segunda opinião médica soube que estava grávida e que se tivesse tomado os antibióticos teria complicações sérias e até seqüelas imprevisíveis.
Aos sete meses de gestação minha mãe ao passar roupas, recebeu um choque elétrico, ficando agarrada a tomada, imediatamente sentiu a barriga endurecer e não sentiu mas os meus movimentos. No hospital foi medicada , recebeu massagens abdominais e ficou em observação até que meus batimentos fossem normalizados, e a observação continuou até o meu nascimento pela médica que acompanhava minha mãe.
Meu nascimento estava previsto para cinco de janeiro quando a médica da minha mãe retornaria do recesso de festas de fim de ano, mas no dia trinta e um de dezembro minha mãe passou mal e foi internada com dores fortíssimas, mas com a ausência da médica responsável pelo parto, foi colocada em observação e esperaram um dia e uma noite forçando para que o parto fosse normal, as oito e meia da noite do dia primeiro os médicos constataram que eu estava em sofrimento e fizeram o parto normal ao invés de uma cesariana imediatamente. Minha mãe passou por complicações e eu fiquei em observação. Durante o primeiro mês eu só dormia o tempo todo.
Aos nove meses fui atropelada no colo da minha avó, no centro de Vilar dos Teles. Passamos por cima do carro e caímos no chão do outro lado da rua, minha avó quebrou os braços, e eu tive vários ferimentos no rosto, braços, pernas e pés, só não tive ferimentos mais graves porque minha avó não me soltou, conseguiu me segurar até bater no chão, eu estava começando a dar os primeiros passos e depois do acidente parei de andar e só andei com quase dois anos, os médicos que cuidaram de mim ficaram abismados como sobrevivi a um acidente daquela gravidade, sem nenhuma seqüela, eles achavam que no mínimo eu deveria ter um traumatismo craniano.
Com três anos quando brincava na casa da minha avó levei uma pedrada de um pedaço de telha na cabeça que fez um corte profundo e perdi muito sangue, minha mãe corria comigo nos braços e me negaram atendimento em dois hospitais, quando viram a profundidade do corte e a intensidade do sangramento. Quando consegui ser atendida a médica disse a minha mãe que por pouco eu teria morrido pela gravidade do corte. No mesmo ano ainda tive outro corte na testa quando corria e bati com a cabeça em um ferro pesado.
Aos quatro anos em uma manhã tive uma convulsão e ao ser medicada , minha mãe recebeu o diagnóstico de epilepsia e o médico avisou a minha mãe que a partir daquele dia minha vida e dos meus pais não seria mais as mesmas pois eu passaria a tomar anti convulsivos muito fortes que teriam alguns efeitos colaterais, que precisariam ser observados atentamente e isso seria para sempre porque cientificamente epilepsia não tem cura somente controle. E que eu voltaria a ter convulsões e precisaria de atenção redobrada para não correr perigos. Eu havia iniciado no jardim de infância tinha bronquite também e não podia mais ficar longe da minha mãe, então eu entrava para a sala de aula e ela ficava na escola me aguardando, e quando ela tentava ir para casa era chamada logo em seguida pela diretora para cuidar de mim. Não podia brincar normalmente nem sair com outras pessoas mesmo que fossem parentes, porque todos tinham medo de lidar com o meus problemas. Apesar de tomar seis comprimidos fortes diariamente as convulsões eram constantes.
Minha mãe não tinha religião, e sofria muito com tudo isso. Um dia minha professora Cléuma que era evangélica, disse para minha mãe me levar a uma igreja e buscar ao Senhor pois a Bíblia fala sobre um caso como o meu que Jesus libertou e curou, e assim ela fez me levou a igreja, ela se converteu e passou a caminhar na presença do Senhor, e em uma madrugada eu tive uma convulsão, já estava com dez anos, e minha mãe comigo nos braços em lágrimas disse ao Senhor que não aceitava mas aquela doença e meu sofrimento pois ela já havia entregado as nossas vidas em suas mãos e estávamos seguindo seus caminhos e que Jesus já havia levado sobre ele as nossas enfermidades, e determinou com fé que eu seria curada.
Na próxima consulta minha mãe disse ao médico que iria parar com os medicamentos porque as convulsões desapareceram, mais o médico disse que seria prudente eu tomar um quarto do comprimido por mais um mês para não retirar bruscamente a medicação que já estava em todo o meu sangue, e assim foi depois deste período de desintoxicação dos anti convulsivos nunca mais tomei os remédios e não tive mais convulsões . Fui curada pelo Senhor Jesus
Durante estes anos em que sofremos muito com todas estas dificuldades o Senhor colocou pessoas em nossas vidas que nos ajudaram muito. E só temos a agradecer por suas vidas, dentre elas as professoras; Leila , Cléuma e Nice que se tornaram pessoas muito queridas e especiais para nós.